Bem, é difícil explicar a necessidade de escrever. Talvez essa necessidade surja exatamente por não existirem palavras o suficiente para expressar os sentimentos. E quando os sentimentos transbordam em um caldeirão fervente, eles saem com tanta força, que é preciso achar algum modo de expulsá-los para fora da mente. Essa única maneira de expulsá-los, mesmo que possa parecer estranha para alguns, se chama escrever. Escrever o que se pensa nem sempre irá agradar a todos, nem sempre as pessoas vão conseguir entender o que se passa em seu mundo das idéias de modo a atraí-las em uma compreensão absoluta. E por mais estranho que pareça, entender nem sempre é o melhor caminho. O não entender é mais importante, pois ele nos instiga a pensar mais, a nos questionar, e assim, surge à busca por respostas. O fato é que, ninguém se entende completamente e, tão pouco as pessoas irão entender o que se passa no mais profundo dos seus sentimentos, aqueles escondidos que nem você conhece. Só sei que, escrever é uma maneira de encontrar algum tipo de alívio, assim como uma válvula de escape. Escrever traz uma paz inigualável, e as palavras não cansam de serem expulsas em busca de uma compreensão. É como se elas ganhassem vida ao sair da mente, como se estivessem implorando para que alguém as veja, mesmo sem serem compreendidas. Cada um tem uma maneira de demonstrar os sentimentos e suas idéias, a minha é através da escrita. Quando alguém escreve algo que você se identifica é como se aquela pessoa estivesse pensando em você quando escreveu, é como se ela entendesse exatamente o que se passa em sua vida. Isso acontece com muitas pessoas, seja através de livros, letras de música ou outros tipos de leitura. Portanto, escrever enriquece a vida de quem está lendo. Não são palavras jogadas ao vento, são palavras com significados, que trazem consigo o abstrato dos sentimentos e da compreensão humana. Aquele que tenta escrever o que sente é precursor de si mesmo, e aquele que lê o que você escreve, descobre um autor que, até então era desconhecido, mas que de alguma forma passa a ocupar um lugar em sua vida. As palavras ditas ou escritas transformam a vida de bilhões de pessoas todos os dias. O dia que alguém me descobrir no mais íntimo, nos sentidos mais absolutos da alma, eu então me descobrirei também. Enquanto ninguém me descobre, ou me entende, eu passo a ser apenas um ser em busca de si mesmo.
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca". [Clarice Lispector]
sábado, 21 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
As respostas só aparecem para quem se questiona!
É comum ouvir as pessoas dizerem: “hoje estou um pouco perdido”. Digamos que, sempre estivemos perdidos. Mas, agora na fase adulta parece que estar “perdido” é um grande problema. Porque, quando achávamos que éramos perdidos na adolescência isso trazia um certo alívio. Alívio por pensar que éramos jovens demais para ter certeza de tudo. Agora, mesmo na fase adulta, continuamos sem ter certeza de tudo. Certeza se encontramos a pessoa certa, se escolhemos o emprego certo, se escolhemos a profissão certa. Claro que temos um amadurecimento gigante em relação ao passado, que aprendemos muito e faríamos muitas coisas diferentes. Mas, a verdade é que sempre estaremos um pouco perdidos, com dúvida, com vontade de “quero mais”. E quando temos 8 anos, achamos que somos grandes o bastante para nos compararmos com alguém de 3. Quando temos 18, achamos que somos grandes o bastante quando comparamos nossas atitudes com as pessoas de 8. E com 28 achamos que somos muito mais maduros do que as pessoas que possuem 18. E diga-se de passagem, muitas das atitudes que eles (18) exercem nessa idade são patéticas. Damos risada e falamos: “Ah, eu lembro dessa fase, como eu era idiota”. Mas com 28 também faremos escolhas idiotas, e quando tivermos 38 vamos dizer: “Ah, mas com 28 anos eu era tão imaturo. Aprendi tanto com isso, aquilo.” A verdade é que, sempre vamos nos achar melhores conforme o tempo passa, porque isso é o que nos move, isso é o que nos faz EVOLUIR. Essa é a lei da vida, a transformação. Mas, nem todas as pessoas passam por essas fases. Algumas ficam na atitude de 18 anos e chegam aos 48 achando que nada em sua vida mudou. Isso é triste. Devemos sempre melhorar, refletir, mudar e nunca acharmos que é tarde para realizar uma transformação. Sempre estaremos um pouco “perdidos”, sempre teremos que fazer renúncias, escolhas, o tempo todo. Mas o que não devemos nunca fazer é olhar para o passado e dizer “quanto tempo perdido e nada mudou”.
Quando olho o passado, vejo que não preciso voltar 10 anos para dizer que mudei, e sim, voltando há 1 ano atrás já é o bastante. Isso me traz um grande alívio. E sempre podemos ajudar as pessoas mais jovens e também as mais velhas que embora estejam com 78 anos, ainda não encontraram respostas para suas perguntas. Respostas estas, que um jovem de 28 ou 18 anos possa ter encontrado. Pois não importa a idade, e sim, o grau de evolução de cada um em conseguir achar soluções para pequenos problemas que muitas vezes nem existem, mas achamos que está lá em algum lugar.
Quando olho o passado, vejo que não preciso voltar 10 anos para dizer que mudei, e sim, voltando há 1 ano atrás já é o bastante. Isso me traz um grande alívio. E sempre podemos ajudar as pessoas mais jovens e também as mais velhas que embora estejam com 78 anos, ainda não encontraram respostas para suas perguntas. Respostas estas, que um jovem de 28 ou 18 anos possa ter encontrado. Pois não importa a idade, e sim, o grau de evolução de cada um em conseguir achar soluções para pequenos problemas que muitas vezes nem existem, mas achamos que está lá em algum lugar.
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